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Medicamento que cura o câncer?



A palavra câncer assusta muitas pessoas, ainda mais quando elas recebem um diagnóstico positivo para a doença. Existem muitos procedimentos para eliminar as células cancerígenas do corpo, mas mesmo assim as chances de que uma metástase aconteça é sempre uma dúvida que assombra médicos, pacientes e familiares.


Quando recebido o diagnóstico da doença, é comum que o desespero atinja muitos pacientes e encontrar chances de cura torna-se o principal foco. Por isso, a notícia de que um medicamento poderia ser a solução para a doença é algo que mexeu com as pessoas, a fosfoetanolamina, foi alvo de grande polêmica por ser a tão esperada promessa de cura.


Esta medicação foi desenvolvida nos anos 1990 pelo então professor de química da USP - São Carlos, Gilberto Orivaldo Chierice. As cápsulas foram produzidas e distribuídas gratuitamente pela por Cheirice e pela própria USP - São Carlos, contudo nunca foi regulamentada por não ter passado por todos os estágios para que pudesse ser utilizada no tratamento em humanos.


Segundo estudos realizados por grupos da Universidade de São Paulo, a fosfoetanolamina reduz o crescimento de células em cultura e também em alguns modelos animais, todavia curar câncer em animais é mais fácil do que em humanos. Cânceres testados em animais são até mil vezes menores, e muito mais simples do que aqueles descobertos em pessoas.


Já o Prof. Gilberto, em entrevista, declarou que a substancia faz com que as células cancerosas se tornem mais visíveis para o sistema imunológico, levando o organismo a atacar as células doentes.


Embora esse composto tenha passado por estudos com animais, células humanas em laboratório e prometa uma solução milagrosa para uma doença tao temida, a pesquisa nunca chegou a avançar dessa etapa. Dessa forma, sem testes clínicos em humanos, não há licença para que ela seja fornecida legalmente.


No ano de 2014, o Instituto de Química de São Carlos proibiu a produção e distribuição de medicamentos que não tivessem sido aprovados em todas as etapas legais, contudo várias pessoas tem entrado na justiça pedido a distribuição da droga.


Por último, vale dizer que pacientes têm autonomia sobre o que podem fazer, mas esta autonomia não pode forçar uma universidade a produzir e distribuir uma substância que ainda está em estudos preliminares (pré-clínicos), para que seja usada como se fosse medicação eficaz. O médico que prescreve esta substância assumindo inteira responsabilidade sobre as consequências de sua utilização não tem, no caso da fosfoetanolamina, condição de prever as consequências deste uso, e pode estar contrariando seu dever de proteger a saúde de seu paciente.


Há que fazer , de qualquer maneira um apelo a todos os pacientes portadores do cÂncer:


  • Não abandonem seu tratamento tradicional.

  • Conversem com seu oncologista sobre a fosfoetanolamina.

  • Busquem sempre a melhor fonte de informação de qualidade.

  • Sempre que optarem por um tratamento complementar, não escondam do seu oncologista.

  • Cultive sua fé e cuide dos seus sentimentos.

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